quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O amor é sexualmente transmissível

Ultimamente tenho lido uns livros com uns títulos meio compridos tipo “Eu ouviria as piores notícias de seus lindos lábios”. Uma amiga disse que acha bonito, tem vontade de ler só pelo título. E, de qualquer forma, vale a leitura pelo seu conteúdo mesmo. Mas o que me chamou a atenção, na verdade, foi o título do primeiro capítulo: “O amor é sexualmente transmissível”. Já terminei de ler o livro, mas essa frase ficou na minha cabeça. Achei bonita a forma de pensar, deixando para trás aquelas histórias de amores castos, puros, dos contos de fada, em que todo mundo vive feliz para sempre; ou aqueles filmes românticos em que as cenas de sexo aparecem em câmera lenta, com jogo de luz e sombra e, se possível, com uma música lenta ao fundo.
No romance do livro (e na vida real), essa frase é a versão romântica do tal ditado grosseiro “Amor de pica, fica”. Fica, e daí? Sexo tem suor, cheiro, agressividade (mais, ou menos, ao gosto do freguês), sacanagem (no bom sentido) e amor. Já vi casos de relacionamentos que não conseguiram vencer a barreira do sexo não satisfatório e de gente que se apaixonou depois de fazer sexo sem compromisso. É menos romântico? Acho que uma história de amor que nasce a partir do sexo também pode ser bonita. É o que acontece no livro. E na vida real. Chega de tentar encaixar a vida nos moldes das comédias românticas e dos contos de fadas.

Um comentário:

  1. uma coisa não tem a ver com a outra, mas quando existem as duas, melhor.

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