terça-feira, 13 de julho de 2010

Post de um dia frio e chuvoso ou O pé na bunda

É, é meio chato tomar um pé na bunda, não ter as suas ligações retornadas, sentir-se abandonado. O sintoma-mor é o sumiço repentino e os nossos rastros sendo apagados das lembranças virtuais do ciberespaço. Se ainda assim tentar uma aproximação, geralmente, o resultado é uma aparição monossilábica vinda da Sibéria, ou um momento DR da verdade. Ainda não descobri qual é o pior.

Aí, dá bode de ter que sair, que sorrir e jogar conversa fora, tomo mundo perguntando porque fulano não veio ou como está a sicrana. O chocolate se torna uma companhia mais compreensiva. Um filminho água com açúcar para adoçar um pouquinho o coração e para fazer lembrar que vai passar e uma nova história surgirá.

Até lá, só a dor de cotovelo, que fica coçando nas piores horas e me lembrando que é, é realmente chato tomar um pé na bunda.

domingo, 11 de julho de 2010

Insônia

De madrugada, tudo fica mais silencioso, o que facilita ouvir os próprios pensamentos. Aqueles que devem ser colocados em ordem, ruminados. Aqueles que ficam abafados no blá blá blá do dia. Aqueles que fazem com que prefira passar a noite de insônia num lugar com música alta, luzes piscantes e gente se apertando. Uma boa desculpa para mantê-los no limbo qualquer da cabeça.
Sim, porque no silêncio da madrugada solitária, eles gritam pedindo para sair. Gritam o que nem sempre quero ouvir, encarar, resolver. Eles pedem atitudes. Mas, em geral, estou muito cansada para resolvê-los ou para lutar contra eles. Só me resta, fechar os olhos e esperar o despertador tocar para sair, à luz do dia, e abafá-los no blá blá blá.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A vida não é uma novela. É um seriado

Quando eu tinha 10 anos, já tinha tudo esquematizado: aos 18, seria adulta, pois, afinal é a tal maioridade, quando não rpecisa mais mostrar a identidade para nada, tira a carteira de motorista, entra na faculdade, pode ir até ao motel! Aos 21, eu me formaria, ao 23 estaria casada e com 25 já teria pelo menso um filho. Tudo isso com um marido muito bacana e uma carreira de sucesso. Ok, pelo menos me formei aos 21. Fora isso, nada saiu muito como o planejado. Mas a graça está nisso, é o que me dizem. Afinal, não é possível controlar tudo e, em troca, coisas inimagináveis também aconteceram. Até porque, aposto que ninguém, aos 10 anos, pensa que vai dormir com alguém só por diversão, que vai flertar com pessoas comprometidas ou que a tal carreira porfissional se resume em oito horas diárias de segunda a sexta numa baia. Mais uma vez, a graça estará na reviravolta, para quem tiver o desprendimento de uma menina 10 anos que acha que tudo é possível quando se deseja.

Definitivamente, a vida não é como na novela, na qual, não importa o enredo, sempre termina igual, com casamentos, punição do bandido e uma lição de moral com fundo musical. Está mais para seriado, que começa de um jeito super empolgante, mas na décima temporada, perde o frescor, começa a apelação e termina de um jeito meio com cara de “esperava mais”. Mas, só pra constar, eu ainda devo estar na terceira temporada, viu?

Relacionamentos tóxicos

Oh, the taste of your lips, I'm on a ride

You're toxic, I'm slippin' under

Oh, the taste of your poison paradise

I'm addicted to you

Don't you know that you're toxic

And I love what you do

Don't you know that you're toxic

(Toxic, Britney Spears)

Ele é irresistível, ela mexe com a cabeça dela. Ele é sufocante, ela desaparece sem dar satisfação. Ele destrói a autoestima dela, ela deixa de ser quem sempre foi e não sabe quem é mais. Eles sabem que isso não vai dar certo, que não tem futuro. Mas como faz para acabar de vez? Na verdade, daquela vez foi definitiva. Desta vez também será. Quando isso acaba? Quando um dos dois se livrar do vício? Quando um encontrar o antídoto em outros braços? Enquanto isso, há algum anestésico para suportar esse martírio que, não vou negar, tem momentos deliciosos, porém, fugazes? Todo mundo avisou, eu sei. Mas eis o destino: ser envenado ou sentir-se vazio.