Ao contrário das pílulas comuns que a gente engole com água, essas saem. Agridoces como eu.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Página em branco
sábado, 11 de agosto de 2012
Porque os 30 são os novos 30
domingo, 15 de julho de 2012
A fábula das estações
Na primeira parada, conheceu o outono e se encantou! Em vez de tristeza pelas folhas caindo, ela viu a beleza do tapete dourado que cobria os parques, sentiu o vento já um pouco frio, mas acompanhado daquele sol de raios alaranjados no rosto.
Continuou caminhando e enfrentou o tão temido inverno... Sim, os ossos chegavam a doer e as extremidades do corpo pareciam congeladas naquelas longas noites. Sim, noites, já que nessa época o sol se encarrega de iluminar o verão que ela deixou para trás. Tempos difíceis, que podem ser visto pela sobriedade dos casacos escuros e dos rostos escondidos atrás dos cachecóis cinzentos. Até que um dia, ela acordou, abriu a porta e a paisagem tinha se transformado. A neve abafava o som e a cidade estava pacificamente branca. Por um breve momento ela conseguiu ouvir seus pensamentos com mais clareza. O que não durou muito tempo, já que alguém atirou uma bola de neve em suas costas e a brincadeira começou como se todos tivessem nove anos de idade. Talvez tenham mesmo.
A primavera, ela já sabe, é recomeço. A neve derrete e as cores começam a voltar ao seu devido lugar, assim como a esperança. Mas para ela, é o fim de um ciclo. Ela sabe que é hora de voltar para a terra do verão eterno. Percorrendo as estações, ela viu que é possível haver beleza, ainda que peculiar, no que não é senso comum. Que a perfeição não é necessária, ou que ela pode existir de acordo com os olhos de quem vê. Que assim são as estações, as pessoas, ela mesma.
O verão é demais! Mas não é a única nem necessariamente a mais bela, como a ensinaram desde pequena.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Sense and Sensibility
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
I’m (in) London
"Take a deep breath and dive
There's a beautiful mess inside
How can you stay outside?
There's a beautiful mess
Beautiful mess inside"
(Far Far - Yaël Naïm)
Londres não é a garota mais popular e linda da escola, como Paris. Não é liberal como Amsterdam, nem sensual e colorida como Barcelona. Na verdade, sua fama é de ser cinzenta, sisuda, educada, mas fechada. Com um ar de antiga e um “que” de tradicional, representada por sua família real, construções antigas e museus. À primeira vista, é o que você vê de cima de um ônibus de turismo num feriado. Contudo, para quem tem tempo (e o privilégio) de conhecer mais do que seus pontos turísticos, ela mostra seu lado vibrante, moderno que, sim, convive nesse mesmo espaço, nesse mesmo corpo. Um corpo que abriga gente de tudo quanto é lugar, de tudo quanto é jeito.
Talvez não seja tão fácil se apaixonar por ela de cara. É preciso se dedicar a conhecê-la um pouco mais, ver mais do que o aparente caos organizado que ela apresenta. Ao se dispor a enfrentar o dia nublado e a garoa fina, sempre encontrará um lugar que te acolherá, com a sua cara. Sim, se transpassar a tal casquinha de frieza, descobrirá que ela esconde lugares incríveis que parecem que são só seus. E são mesmo.
Valerá a pena, prometo. Sua beleza é peculiar, para aqueles que vêm além...