quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A odisséia dos inquietos

Cristina, do filme “Vicky, Cristina e Barcelona”, não sabia o que queria, mas tinha certeza do que não queria. Quando tudo parecia bom o suficiente, que ela tinha alcançado o que queria, aquela voz vinha e martelava em sua cabeça. Uma insatisfação crônica que não sabe de onde vem e nem para onde vai. Mas ela a segue. Quando esse sentimento aparece, ela arruma as malas em busca de algo que desconhece.
Na Marie Claire, tinha uma matéria sobre isso, mas lá tinha outro nome: “geração odisséia”, pessoas entre 24 e 35 anos que estão sempre mudando, seja de residência, viajando, fazendo cursos mais diversos possíveis. A matéria explica que é uma fase a mais na vida moderna de algumas pessoas, que nascem, passam pela infância, adolescência, odisséia, vida adulta, aposentadoria ativa e velhice. É uma fase de quem se permite mais liberdade de experimentar, sem a preocupação de fixar raízes em uma casa, família ou trabalho, pelo menos até que chegue a hora. Os trinta são os novos 20, dizem. Significa que ainda estou na adolescência e essa vontade de não sei o que deve ser um sintoma dessa tal vida moderna.

Um comentário:

  1. ai, acabei de encontrar então um nome pro que eu sempre fui.
    vou ver o filme.

    ResponderExcluir

Be my guest