domingo, 9 de março de 2008

Fui batizada de pé, não fiz primeira comunhão e não escolhi uma religião. Mas, em pleno centro de São Paulo, uma ida à igreja da Praça da Sé é praticamente uma paradinha turística obrigatória. Um monte de pessoas passam ao lado dela, muitas outras ficam jogadas em suas escadas. De repente, todo o barulho e a multidão ficam longe e diante daquela opulência oprimente traz a calma para o selvagem pensamento do dia-a-dia. Isso não tem a ver com religião.

Sento-me no banco, mas, em vez de rezar, prefiro ficar olhando as pessoas a minha volta. E, naquele momento, gostaria de ter o poder de ouvir pensamentos. A curiosidade mataria um gato.

O que leva aquela mulher até lá? doença? dinheiro? agradecimento? ou só um bate-papo com o Cara?

Tem aquele que olha para o altar, mas seu pensamento está muito além... O meu também. Tem aquele que aproveita pra tirar um cochilo, estudar, ler um pouco.

Lembrei da minha ida ao templo budista. A filosofia ou o dogma pouco importa importa naquele momento. Eu só quero a calma e um tempinho para tomar fôlego antes de atravessar aquela enorme porta e enfrentar o barulhento e terreno mundo em que vivo. Ah, mas também não seria nada mal poder ouvir as preces e as conversas particulares com o tal Cara pra ver se eu entendo alguma coisa do que anda acontecendo.

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