domingo, 23 de março de 2008

Quando eu me basto

As vezes eu me basto. Frase ótima de um amigo meu. É engraçado como as pessoas acham curioso ou até merecedor de pena quando alguém diz que aprecia ir ao cinema sozinho ou vai a um restaurante sozinho no fim de semana. Mas até que é compreensivo. Talvez seja preciso coragem para passar um tempo consigo mesmo, ouvir o que tenho a dizer sobre mim, sem meias verdades.
Afinal, quem não fica em casa sozinho e logo liga a TV ou o rádio para lhe fazer companhia, fazer barulho para não deixar ouvir nossos próprios pensamentos e espantar a sensação de solidão? Não é fácil aguentar a si mesmo, mas acho que é necessário. Mas a regra é: preciso dosar e ser uma terapia auto-terapia voluntária. Esses momentos podem servir para apreciar a própria companhia e até pode ser um termômetro, pois quando nem eu suporto passar um tempo comigo é porque a coisa não vai muito bem...
Não é preciso ficar completamente sozinho, pode-se ter a companhia de um bom CD, um livro, um filme e uma panelona de brigadeiro, mas não como uma fuga, só como ferramentas para passar mais tempo comigo mesma. Sobrevivi a mais esse exercício.

Um comentário:

  1. estar só eh estar sempre bem-acompanhada (no meu caso pelo menos...rs).
    e uma ótima terapia.
    (ah, c/ um CD junto, of course)

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