sábado, 8 de maio de 2010

Melancolia virtual

Nesse negócio de rede social na internet em que se conhece pessoas com interesses afins, mantém contato com amigos numa outro plataforma, além da presencial, e “revê” pessoas que já passaram pela sua vida. Da escola, do bairro em que morava, da faculdade, dos empregos anteriores, dos locais pelos quais passou. Alguns desses reencontros trazem alegria, outros nem tanto. Hoje, enquanto escrevo, eles trazem à tona o meu lado melancólico. Pessoas que fizeram parte de um período, até de apenas um dia, da minha vida ganham valor simbólico. Do que poderia ter sido, lembram-me do que não foi e me faz querer outra coisa que não é isto aqui. De novo.
Se só houvesse a minha memória, essas pessoas teriam ficado exatamente naquele último momento em que nos vimos ou nos falamos. Mas elas têm uma vida também. Elas fazem coisas que talvez eu gostaria de fazer, elas estão com outras pessoas que não sou eu, elas estão em lugares em que eu gostaria de estar. Elas estão lá na minha rede social para me lembrar o que eu poderia ter sido, vivido, mas não é.

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